sábado, 19 de setembro de 2015

1 ano depois :(

Ao ver nestes últimos dias, os professores a serem colocados em escolas, faz-me sentir triste e desanimada, não com eles mas com o sistema de ensino da RAM. Ainda tive uma pontinha de esperança em ser colocada, mas nada. Para mim o pior foi no ano passado quando fiquei desempregada, aí sim senti muita revolta, raiva, tristeza, negativismo, lágrimas, abandono, ...
Como eu preferiria mil vezes, mil não, infinitas vezes estar numa sala com 25 crianças a fazer trabalhos giros, a receber sorrisos, a ver trafulhices, a receber elogios (sim porque não há profissão melhor para ouvir como somos bonitas), a aplicar o que aprendi, a influenciar o desenvolvimento e comportamento das nossas crianças, do que estar no desemprego!!! Esse maldito desemprego que me mata dia após dia. Sim, porque após 1 ano de desemprego contínuo a ter dias menos bons (principalmente à noite quando estou na cama). E as saudades que eu sinto em estar numa sala rodeada de crianças? Essas são gigantescas.
Num ano de desemprego já entreguei 40 currículos em trabalhos que não na minha área e qual a resposta que recebo do outro lado? Nenhuma :( o que para mim é revoltante, pois preferiria receber um não, do que não receber resposta do outro lado. Na minha área (educação), já perdi a conta do número de currículos que já enviei, e também a resposta deste lado é nula. A única coisa que eu desejo é encontrar trabalho. Mas sinto que já estou naquela fase de negativismo, de tristeza, de desanimo, de lágrimas. Sinto que foi abandonada por Deus, pois li algures que o tempo passa mas Deus não dorme e quem merece nunca é desamparado. Pois eu sinto-me desamparada. É porque eu tento, a sério que eu tento. Se eu não tentasse eu compreenderia.
Seria pedir de mais um emprego? Seria?!
A única coisa positiva que o desemprego me deu, foi um namorado fantástico que me apoia e que me ama e que resolveu certo dia fazer-me uma surpresa: vivermos juntos :) Espero que possamos continuar assim mais unidos do que nunca, juntos e felizes. Como já te disse uma vez, num momento menos bom das nossas vidas, és o meu pilar, a minha âncora. Amo-te.